terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A importância da análise dos rótulos dos produtos alimentares

O rótulo das embalagens funciona cada vez mais como o bilhete de identidade do produto embalado. Este fornece ao consumidor informações detalhadas que lhe permitem fazer a escolha mais acertada dos produtos alimentares que vai consumir.
A clareza e a veracidade dos rótulos têm uma nítida importância para a saúde. Por exemplo, há pessoas que sofrem de alergias e hipersensibilidades a certos alimentos, devendo, assim, os rótulos dos produtos alimentares possuírem a composição do alimento, da sua durabilidade, da quantidade, do fabricante, da origem e das condições de conservação, utilização e modo de emprego.

Dicas para uma boa leitura dos rótulos:
- Os ingredientes de cada produto são listados por ordem decrescente, em relação ao seu peso. Todos os seus componentes, incluindo água e aditivos, devem ser mencionados.
- Deve verificar-se sempre a data de validade dos produtos para evitar consumir produtos já estragados;
- Os produtos alimentares que contêm ingredientes ou derivados que possam provocar alergias, devem conter indicações nos seus rótulos;
- Os contactos do fabricante, embalador ou vendedor devem estar mencionados de forma clara no rótulo, para que os consumidores tenham a possibilidade de apresentar queixa ou de requerer mais informações acerca do produto;
- Deve-se verificar as condições essenciais de conservação, utilização e modo de emprego referidos no rótulo dos produtos alimentares;
- Os rótulos nutricionais fornecem informação acerca da quantidade de energia, proteínas, hidratos de carbono, gordura, fibra, sódio, vitaminas e minerais que constituem o alimento. A informação acerca das vitaminas e minerais é apresentada como uma percentagem da Dose Diária Recomendada (DDR) e a informação acerca da energia do produto deve ser apresentada como kilocalorias (kcal) ou kilojoules (kj). Actualmente, na UE não é obrigatório colocar este tipo de rótulos.


O significado por detrás dos rótulos


“Biológico”. Para que os alimentos possam ser considerados de agricultura biológica têm que ser produzidos segundo regras estabelecidas na EU acerca do modo de produção biológica. Existe um rótulo próprio para identificar os alimentos da agricultura biológica.
“Fresco” e “Natural”. Visto não existir nenhuma legislação legal acerca do significado “fresco” e “natural” estes conceitos são, por vezes, utilizados indevidamente pelos produtores, induzindo os consumidores em erro.
“Light” ou “lite”. Estes conceitos também não estão definidos por lei e embora estes alimentos tenham menos calorias (e alguns, menos gordura) não te fazem emagrecer.
“Sem adição de açúcar”. Significa que não foi adicionado açúcar ao produto. No entanto, não quer dizer que o produto não seja naturalmente doce, ou que tenham sido adicionados edulcorantes (aditivo).

Rótulos Ecológicos - O que significam?
O Eco-Rótulo foi criado com vista a ajudar os consumidores a identificarem os produtos que menos prejudicam o ambiente, desde a sua produção até ao seu consumo. Tem como objectivo encorajar uma produção e consumos sustentáveis.
Texto elaborado com fonte na Agenda Europa 2005/2006

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

SE ÉS CURIOSO....

... o peixe é uma excelente fonte de sais minerais, vitaminas e ómega 3. É dos alimentos mais saudáveis que podemos consumir, sendo que devemos fazê-lo, pelo menos, 3 vezes por semana.






... o tomate é um antioxidante rico em fibras, vitamina C e E. Ajuda a limpar o organismo de substâncias tóxicas, tornando-o mais forte. Contém ainda cálcio, ferro, fósforo e potássio que ajudam na prevenção de alguns tipos de cancro.





.... a alface é rica em vitamina C, ajudando a fortalecer os vasos sanguíneos e os ossos, e previne a malformação dos dentes. Actua contra infecções ajudando a cicatrizar os ferimentos. Tem uma leve acção relaxante, por causa de uma substância designada por lactucário (também conhecido como o “ópio da alface”). Assim sendo, tomar um chá ao deitar, preparado com alface, pode ajudar a adormecer.



Entrevista a um Funcionário da Cooperativa Cassepedro

No âmbito do desenvolvimento do nosso trabalho e dada a importância da inventariação dos procedimentos usados nas actividades agropecuárias da nossa região, visitámos a Cassepedro – Cooperativa agro-pecuária de São Pedro do Sul, com o intuito de averiguar quais os produtos químicos, suplementos nutricionais e outras substâncias usadas na cultura/tratamento de alguns dos produtos que vão parar à nossa mesa e que consumimos.
Como tal, seleccionámos algumas perguntas que satisfizessem as nossas dúvidas e colocámo-las a um dos funcionários da cooperativa.
Então aqui vai…

P.: Hoje em dia a procura de herbicidas é maior ou menor do que há alguns anos atrás?
R.:
Constata-se que a procura de herbicidas e adubos neste estabelecimento tem vindo a diminuir nos últimos anos. Este facto deve-se ao abandono da prática da actividade agrícola que se tem verificado ultimamente.

P.: De todos os produtos químicos que comercializa quais são os mais procurados e quais os que são mais prejudiciais à Natureza?
R.:
Os produtos mais procurados são os herbicidas “paraquatos” que actuam na clorofila das plantas destruindo-as.
Para além destes, também os adubos provocam a acidez dos solos e interferem na qualidade das águas contaminando os lençóis freáticos e possíveis cursos de água adjacentes.

P.: Existem produtos para corrigir alguns parâmetros físico-químicos dos solos?
R.:
Sim, existem. São comercializados, por exemplo, substâncias que corrigem alterações do pH dos solos. As mais utilizadas são as correcções calcárias.

P.: Quais os efeitos indesejáveis que a utilização de produtos químicos provoca nos alimentos e quais os possíveis malefícios para a saúde?
R.:
Há sempre uma parte do produto químico que não é eliminado pela planta tratada. Assim, no caso dos frutos ou dos produtos hortícolas existe sempre a possibilidade de ficarem alguns vestígios da substância utilizada. O consumo recorrente destes alimentos podem conduzir à acumulação de resíduos desses mesmos produtos no organismo, o que a longo prazo, poderá ter efeitos nocivos na saúde humana.

P.: Existem muitos tipos diferentes de rações para os animais? O facto de consumirmos animais que se alimentem desses produtos acarreta algum risco para a nossa saúde?
R.:
Sim, existe uma grande variedade de rações no mercado.
Partindo do princípio que todas as recomendações legais são cumpridas, não existem perigos para a saúde, pois, actualmente, estas vêm devidamente sinalizadas quanto, por exemplo, à presença de antibióticos. Infelizmente, não é possível que os consumidores façam este controlo a nível industrial. A esse nível, resta-nos apenas esperar que sejam cumpridos todos os trâmites legais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

SE ÉS CURIOSO...

...as ervilhas são boas para o retardamento do envelhecimento, reforçar o sistema imunitário e promover a rápida cicatrização das feridas. Auxilia também no combate às gripes.




...o alho-francês possui uma fonte razoável de potássio e ácido fólico. Este legume tem ainda propriedades diuréticas e é utilizado para tratar dores de garganta, gota, pedra nos rins e garantir o bom funcionamento dos intestinos.


...a beringela regenera o sangue, é diurética e anti-inflamatória. Para além disso, favorece a digestão e actua no combate à asma e à bronquite. Auxilia também no tratamento de prisão de ventre, reumatismo, inflamações da pele e diabetes. Funciona ainda como estimulante natural do fígado e do pâncreas.



...a curgete, por ser de fácil digestão, recomenda-se a pessoas que sofram de problemas digestivos. Por sua vez, é composta por uma boa quantidade de celulose, elemento que ajuda no bom funcionamento dos intestinos.



...o grão-de-bico contém fibras alimentares que facilitam o trânsito intestinal, auxiliando na prisão de vrentre. Ajuda ainda a regularizar os níveis de colesterol e glicemia no sangue. Todavia, não se aconselha a pessoas com problemas gastrointestinais (acumulação de gases).



sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Campanha BAGAS DE AZEVINHOS

Os nossos colegas do Herbário, estão a dinamizar uma campanha de oferta de bagas de azevinho! Para os interessados aqui fica a informação:


Caros leitores, durante 2008 vamos oferecer bagas dos nossos azevinhos a quem estiver interessado. Assim poderemos todos contribuir de forma simples para a preservação de plantas autóctones. Aos interessados pedimos que enviem uma mensagem para o nosso e-mail, adubinhos@hotmail.com, com a vossa morada. Como somos estudantes, as despesas de envio terão de ser pagas no acto de entrega. Colabore, semeando bagas de azevinhos em vasos que depois poderá transplantar para o seu quintal! Informamos que as bagas são recolhidas dos nossos azevinhos e não pretendemos de forma alguma infringir ou desrespeitar a legislação que protege os azevinhos selvagens.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

SE ÉS CURIOSO...

... as castanhas retardam o envelhecimento. Para além das gorduras insaturadas e da vitamina E são uma excelente fonte de proteínas, magnésio, potássio, cálcio, zinco e fibras. As pessoas que têm o hábito de consumir castanhas regularmente parecem ter uma melhor condição física.Além disso, as castanhas ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. Incluir uma pequena dose de castanhas na alimentação pode diminuir o colesterol e ajudar a reduzir o risco de doença cardíaca.


... o pêssego é um bálsamo para o estômago e um precioso alimento para os diabéticos. É um dos frutos recomendados para manter o bom funcionamento do intestino, combater o reumatismo e evitar problemas de pele e do sistema nervoso. A infusão das folhas do pessegueiro e o caroço do pêssego funcionam como calmante, sendo que as flores são usualmente utilizadas comolaxante suave.


... o mel tem propriedades digestivas, anti-sépticas, cicatrizantes, diuréticas, sedativas, energéticas e fortifica os músculos, sendo considerado um afrodisíaco. O seu consumo frequente aumenta a resistência do organismo a gripes, bronquites e constipações. Um quilo de mel equivale, em valor nutricional, a 5,5 litros de leite, 50 ovos ou 40 laranjas.


... o chocolate é o alimento ideal para situações negativas. Sendo considerado um excelente alimento para o cérebro, o chocolate tem efeitos antidepressivos e contém igualmente substâncias estimulantes que aumentam o bom humor. O chocolate puro tem menos gordura, sendo que comido com moderação não engorda.

Cronologia Alimentar

Já pensaram como e quando terão surgido os alimentos que fazem hoje, tão banalmente, parte da nossa alimentação?
Parece tudo tão simples...Mas, de facto,esta história é bastante mais complexa do que pensamos!
Sabiam, por exemplo, que as pipocas surgiram sensivelmente no ano de 3600 a.C e que o chocolate data de 1500 a.C?
É certo que, entre a descoberta destes alimentos e a sua apresentação como a conhecemos hoje, foram grandes as mudanças e os anos de transformação, no entanto é sempre curioso constatar como é remota a sua origem.
Passemos então à inclusão de alguns dos alimentos mais comuns na linha do tempo:

1970 - Tiramisu
1962 - Puré instantâneo
1926 - Gelado sanduíche
1924 - Comida congelada
1904 - Banana splits
1903 - Atum enlatado
1898 - Pepsi
1897 - Algodão doce
1895 - Manteiga de amendoins
1890 - Gelados sundaes
1889 - Pizza
1886 - Coca-cola
1885 - Batido, leite evaporado
1880 - Milho doce
1870 - Margarina
1867 - Comida sintética para bébes
1863 - Cereais de pequeno-almoço
1856 - Leite condensado
1853 - Batatas Fritas
1830 - Refrigerantes
1826 - Fondue
1807 - Cones de gelados
1784- Chupa-chupa
1767 - Água bicarbonatada
1762 - Sanduíches
1756 - Maionese, molho tártaro
1754 - Almôndegas
1725 - Caramelo
Séc XVIII - Bolachas de água e sal
1686 - Croissants
1629 - Rum
Séc XVII - Gelado actual, bolos: rins
1587 - Couves de Bruxelas
1529 - Baunilha
1517 - Batata doce
Séc XVI - Rissoto, salsa, quiche
1495 - Marmelada
1493 - Ananás
1487 - Cachorro quente
Séc XV - Coco
Séc XIV - Espetada, empada e empadão
Séc XIII - Ravioli, Lasanha, panquecas e bolachas de manteiga, Hambúrgueres
Séc X - Nêspera
Séc IX - Café, bacalhau
Séc VII - Espinafre
Séc V - Variedade de biscoitos salgados
Séc II - Sushi
Séc I - Castanha, caranguejo, framboesa, morangos, flan, cheesecake, nabo

d.C

62- Gelado
65 - Marmelo
200 - Peru, espargos
400 - Bananas, beterraba
500 - Salsichas, pasteis e doces, vinagre
600 - Couve
700 - Canela
900 - Tomate
1000 - Pickles, pêssegos, aveia
1200 - Açúcar
1490 - Passas
1500 - Amendoins e chocolate
2000 - Massa e noodles, marshmallows
2500 - Pato
2737 - Chá
2838 - Feijões de soja
2900 - Figo
3000 - Manteiga, cevada, cenoura, alho, especiarias
3200 - Domesticação da galinha
3600 - Pipocas
4000 - Uvas, frutos citrinos, melancia, pães fermentados: Pitta e Focaccia
5500 - Mel, alface e grão-de-bico
6000 - Vinho, milho, brócolos
6500 - Domesticação de gado bovino
7000 - Domesticação do porco; cultivo do feijão; nozes e pistachios
8000 - Maçãs e lentilhas
9000 - Domesticação das ovelhas10000 - Início da agricultura (pão, cevada e sopa), Amêndoa

a.C

Negras (in)confidências do cacau



Branco, amargo, de leite, com ou sem recheio, este alimento tão nosso conhecido, faz as delicias dos mais gulosos!
Por agora, o convite é para saborearmos um pouco da sua história e conferir os acontecimentos que permitiram trazer até nós este manjar. Interessados? Sim.... Então vamos a isso!
A origem do chocolate remonta a 1500 a.C . Pensa-se que este terá surgido no seio das antigas civilizações que por essa altura habitavam a América Central.
Segundo uma lenda dos povos nativos Americanos, o deus Azteca Quetzcoalt, senhor da Lua prateada e dos ventos gelados, querendo dar aos mortais algo que os enchesse de energia e prazer, foi aos luminosos campos do Reino dos Filhos do Sol e de lá retirou as sementes da árvore sagrada, que terá então, como havia prometido, oferecido ao homem. Desta forma fantástica, as sementes do cacaueiro teriam posteriormente germinado no território habitado pelos Aztecas, dando origem à planta do cacau. Verdade ou não, esta, é conhecida como a lenda do chocolate e apesar dos pormenores menos terrenos, sabe-se que, de facto, os Astecas preparavam uma bebida, à qual chamavam xocoatl, com grãos de cacau torrados, especiarias e mel. O cacau era também servido como uma pasta engrossada com farinha de milho, possivelmente o primeiro chocolate em barra. Esta receita, já “herdada” da civilização Maia, tinha tanta importância entre estes povos, que a bebida era principalmente consumida por reis, nobres e guerreiros.
Em 1519, o espanhol Hernan Cortez descobriu o cacau durante as suas conquistas no México e embora estes europeus não tenham valorizado muito a bebida (achavam-na fria, gordurosa e amarga), rapidamente perceberam o valor da semente e incentivaram a sua cultura no “novo mundo”. Com o passar do tempo, os espanhóis começaram a adicionar açúcar e outros adoçantes à bebida, tornando-a menos amarga.
Há evidências de terem sido aqueles marinheiros, que por essa altura, trouxeram a referida bebida para Espanha. Ao longo dos 150 anos seguintes, a novidade foi-se espalhando pelo resto da Europa. Vários ingredientes continuaram a ser adicionados ao chocolate líquido; entre eles leite, vinho, cerveja, açúcar e especiarias.
Em plena revolução industrial, os ingleses (1795) começaram a usar uma máquina a vapor para esmagar os grãos de cacau sendo este invento essencial para impulsionar o fabrico de chocolate em maior escala. Contudo, a verdadeira revolução do chocolate aconteceu cerca de 30 anos depois quando os holandeses desenvolveram uma prensa hidráulica que permitia a extracção simultânea de manteiga de cacau e de pasta de cacau. Esta última era pulverizada e desidratada para se transformar em pó de cacau. Daí ao desenvolvimento de bebidas “chocolatadas” foi um passo. Posteriormente, a mistura com manteiga de cacau fez aparecer as primeiras tabletes de chocolate mais ou menos como as conhecemos hoje.
O principal ingrediente para a produção de chocolate é o cacau que é proveniente de uma árvore tropical – o cacaueiro (Theobroma cacau, que em grego significa alimento dos deuses). As suas flores brotam dos galhos e do tronco da árvore e precisam de 5 a 7 anos para se transformarem em frutos maduros. (Ai...imaginem se só pudéssemos comer chocolate de 5 em 5 anos!). Actualmente a maior parte da produção é proveniente do Oeste de África, onde quatro países produzem 65 % do cacau no mundo.Depois disto não restam dúvidas...se o cacau é mesmo o alimento dos deuses só temos que aproveitar esta simpática dádiva e tirar o maior proveito das suas qualidades... sim, porque o chocolate não é só responsável por borbulhas e “gordurinhas”, traz também benefícios para a saúde, quando consumido correctamente e com moderação (esta parte é que era escusada!). Parafraseando alguns: …decorativo ou degustativo, o importante é que seja substantivo! E o pleonasmo é deliberado!