segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ecos do milho quente...

Não se sabe ao certo a origem das pipocas, no entanto há indícios que sugerem a possibilidade de terem surgido na América em 3600 a.C.
Acredita-se que antigos impérios como o Egipto, a China e a Civilização Inca, já consumiam as estaladiças pipocas. Não acompanhavam seguramente nenhuma sessão cinematográfica, uma vez que a maior animação seria provocada pela aproximação de algum felino furtivo e não por nenhum Spielberg da época…
As pipocas foram utilizadas pelos índios tanto como alimento, como objecto decorativo. Na verdade constituíam uma requintada ornamentação estética para o cabelo. As mulheres dançavam, usando coroas feitas com as pipocas e enfeitavam as estátuas dos seus deuses, nomeadamente os deuses da chuva (esta eu não percebi!) e da fertilidade, com colares e outros elementos decorativos com pipocas.
Inicialmente os índios preparavam as pipocas com uma espiga inteira sobre o fogo. Depois, refinaram a técnica e passaram a colocar apenas os grãos sobre as brasas, até inventarem um método mais sofisticado: Cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente.
Os Europeus começaram a ter contacto com as pipocas no início da colonização da América. Quando Cristóvão Colombo e o grupo que o acompanhava, chegaram àquele imenso continente (eles pensavam ser a índia), viram com curiosidade que os índios mastigavam algo branco e crocante. Provaram, gostaram e entenderam que possivelmente os seus patrícios também iriam apreciar. Diz-se que foram eles que trouxeram a novidade para a Europa,
Os americanos começaram a incluir as pipocas no seu pequeno-almoço servidas com açúcar e leite. Mais tarde, com algumas adaptações, aquelas, evoluíram para os conhecidos cereais matinais.
Já na era moderna, em 1945, Percy Spencer descobriu que um grão de pipoca, colocado sob energia de microondas, estourava. Isto levou-o a experimentar com outros alimentos, contribuindo assim para o aparecimento do forno de microondas.
Mas por que razão, rebenta aquele milho?
Segundo algumas tribos indígenas americanas, os espíritos viviam dentro de cada grão de pipoca. Estes estavam em paz, mas quando as suas "casas" eram sobreaquecidas eles ficavam furiosos, fazendo com que o grão saltasse e finalmente estourasse libertando o espírito que saía sob a forma de uma névoa. Mais recentemente surgiu uma explicação mais consensual. O que acontece é que dentro de cada grão de pipoca existe uma pequena quantidade de água, cercada por uma fina camada macia. Quando se aquece o grão de pipoca, seja com óleo ou no microondas, essa água vaporiza, aumentando naturalmente o volume. A pressão torna-se tão intensa que ela explode o grão e expande a camada macia, que é a parte branca da pipoca. Esta, é a explicação mais rigorosa para aquele sonoro comportamento, de efeito tão pirotécnico.
E sabias que mais? Um grão de milho pode estourar sozinho na areia do deserto...e puf...origina-se uma pipoca!